O papel do product manager na era da IA e entregas rápidas

Raphael Guastaferro fala sobre o papel do PM moderno, o uso de IA, escopo bem definido e como pequenas software houses estão ganhando protagonismo

O papel do product manager na era da IA e entregas rápidas

Raphael Guastaferro

Product & Tech | Senior Product Manager @Frota162 | Tutor @EBAC | Autor @O Digital | Mentor de Produtos | Estratégia digital | Automação e eficiência operacional via tecnologia | Transformação digital | AI Products

Raphael Guastaferro sabe que o papel do Product Manager mudou — mas não sumiu. No papo com a Flowcode, ele falou sobre o que ainda faz um PM ser valioso em meio a tantas ferramentas, IA pra todo lado e produtos nascendo em tempo recorde.

Spoiler: não é o PRD bonitinho que muda a métrica lá na ponta.

Menos ritual, mais resultado

A área de produto ainda perde muito tempo com o que é tático demais. Raphael defende que:

  • gastar horas com o “formato perfeito de PRD” é perder tempo
  • o foco do PM deve ser comunicar, priorizar e entregar valor real
  • ferramentas de IA podem (e devem) cortar o tempo gasto com o que é burocrático

A lógica é simples: se o tempo é limitado, melhor investir onde faz mais diferença.

PM não precisa codar, mas precisa entender o que está por trás

Quando o assunto é perfil técnico:

  • não precisa saber programar, mas precisa entender os conceitos
  • saber o que é uma fila, um fluxo, um evento, uma dependência
  • conhecer as ferramentas que o time usa e entender os limites da stack

A comparação dele é ótima: "saber usar IA e automações hoje é como saber usar Excel há 10 anos".

Descobrindo escopo com IA (e bom senso)

No contexto de software houses (alô, Flowcode), Raphael defende que o PM — ou quem estiver no papel de PM — deve focar em:

  • definição clara de escopo com o cliente
  • priorização de entregas com base em valor, não só desejo
  • uso inteligente de IA (como GPT) para acelerar PDRs, propostas e alinhamentos

E mais: times pequenos, com pessoas plenas e autônomas, conseguem tocar projetos de ponta a ponta — desde que a base esteja bem feita.

Quando o cliente não sabe o que quer, o PM precisa saber onde pisar

Um ponto importante da conversa foi sobre lidar com o famoso "cliente indeciso":

  • escopo mal definido vira dívida no futuro
  • o alinhamento de expectativas é papel de quem lidera o projeto
  • pode ser o PM, o dev, o designer — mas alguém precisa assumir esse papel

Nesse cenário, o PM se torna o responsável por dar forma ao caos.

Software houses pequenas estão ganhando espaço

Segundo Raphael, a distância entre uma software house pequena e uma gigante está diminuindo. Por quê?

  • ferramentas no-code/low-code permitem entregas mais rápidas
  • times pequenos estão ficando mais seniores, mais autônomos
  • o valor está na entrega, e não no tamanho da estrutura

A única armadilha? Ficar refém de PoCs eternas. O alerta foi claro: “tem empresa que passa seis meses testando de graça e depois só diz ‘valeu’”.

Conclusão: o PM não morreu — só precisa saber onde faz diferença

O papel do Product Manager continua relevante, mas precisa ser mais estratégico.

Menos apego a rituais, mais foco em resultado. Menos controle do processo, mais clareza no propósito. E sim, um bom PM hoje deve usar IA, entender de stack, saber negociar escopo e ainda ter fôlego pra lidar com cliente indeciso.

A boa notícia? Com as ferramentas certas, dá pra fazer tudo isso com menos drama e mais entrega.

Quer mais conversas como essa?
www.flowcode.cc/state-of-digital-products

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